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Maioria das empresas fecha as portas após 5 anos

Cinco anos após serem criadas, pouco mais de 60% das empresas já fecharam as portas. A constatação é da pesquisa Demografia das Empresas, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total de 733,6 mil empresas que nasceram em 2010, apenas 277,2 mil (37,8% do total) conseguiram sobreviver até 2015.

Segundo a pesquisa, a sobrevivência das empresas tem ligação com seu porte. Cinco anos após a entrada no mercado, a taxa de sobrevivência das companhias sem pessoal assalariado foi de 31,3% – ou seja, duas a cada três fecharam as portas. Nas com uma a nove pessoas assalariadas, era de 57,8%. E nas com dez ou mais pessoas, de 67,1%.

De acordo com o levantamento, em 2015, após cinco anos da entrada no mercado, as taxas de sobrevivência era maior nas atividades de saúde humana e serviços sociais (54,8%) e atividades imobiliárias (50,8%). Os dados tem como base o Cadastro Central de Empresas (Cempre).

A pesquisa mostra ainda que o número de empresas registradas no país ficou praticamente estável em 2015, ao recuar apenas 0,1% – de 4,557 milhões em 2014 para 4,552 em 2015. Já a proporção de empresas que deixaram de produzir ou abandonaram o mercado teve forte baixa em 2015. A chamada taxa de saída caiu de 20,7% em 2014 para 15,7% em 2015.

Apesar disso, o mercado empresarial demitiu em ritmo acelerado, reflexo da crise. Segundo o IBGE, 40,220 milhões de pessoas estavam ligadas às empresas que permaneciam ativas, queda de 3,9% em comparação ao total de pessoas ocupadas no ano anterior (41,835 milhões). O resultado está em linha com dados do Ministério do Trabalho, que mostraram perda de 1,5 milhão de postos naquele ano.

“Pela primeira vez estamos vendo uma queda do pessoal ocupado pela pesquisa. Quando abrimos esse número especificamente pelo pessoal assalariado, a queda é maior, de 4,5%. É a primeira vez que isso acontece na série desse trabalho, iniciado em 2008. Estamos olhando para um ano de crise”, disse Kátia Carvalho, analista da
Demografia das Empresas.

O levantamento do IBGE calcula ainda que as empresas pagaram R$ 982,4 bilhões em salários e outras remunerações em 2015. Segundo o instituto, o salário médio mensal naquele ano foi de R$ 2.168,91, equivalente a 2,8 salários mínimos. Em 2012, a média das remunerações era de R$ 2.030,70 (esse valor não foi corrigido pela inflação).

O número de empresas chamadas sobreviventes – as que permanecem em atividade de um ano para o outro – seguiu em sua trajetória de crescimento. Eram 3,83 milhões em 2014, passou para 3,84 milhões em 2015. Ou seja, a chamada taxa de sobrevivência cresceu de 84,1% para 84,4%. Essa taxa está em crescimento desde 2010.

As empresas brasileiras ativas tinham 5 milhões de unidades locais (endereços de atuação das empresas) em 2015. Desse total, mais da metade (50,5%) estava localizada na região Sudeste. Entre as demais regiões, 22,3% estavam no Sul; 15,3% no Nordeste, 8,2% no Centro-Oeste e 3,6% no Norte, conforme os dados levantados pelo instituto.

Fonte- Valor Econômico- 5/10/2017- http://www.seteco.com.br/maioria-das-empresas-fecha-as-portas-apos-5-anos-valor-economico/

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