Home > Segurança > Ataque no ABC é quarta grande ação contra transportadoras no ano em SP

Ataque no ABC é quarta grande ação contra transportadoras no ano em SP

Projeto de lei quer proibir transportadoras de valores em áreas urbanas.

O ataque à sede da Protege em Santo André, no ABC paulista, na madrugada desta quarta-feira (17), foi a quarta grande ação de bandidos contra prédios de empresas transportadoras de valores registradas este ano. Outros três assaltos aterrorizantes aconteceram em Campinas, Ribeirão Preto e Santos.

No ataque a Santo André, moradores relataram um tiroteio de cerca de 40 minutos. Carros e caminhões foram incendiados. Ainda não há informações sobre o valor que tenha sido roubado.

Nestes crimes, a quantidade de assaltantes (pelo menos 20), o horário dos roubos (às 4h) e a fuga (por rodovias) levam a Polícia Civil a suspeitar que os crimes estão sendo cometidos por uma mesma quadrilha –ligada à facção que age dentro e fora dos presídios paulistas.

Um projeto de lei publicado nesta quinta-feira (11), no Diário Oficial do Estado de São Paulo, quer proibir que empresas de segurança e transporte de valores se instalem dentro de perímetro urbano de cidades paulistas. A medida também fixa horários específicos para entrega e retirada de valores, bem como outras providências menores.

O PL 615/2016, de autoria da deputada Célia Leão (PSDB), ainda precisa passar por comissões da Assembleia Legislativa antes de ir a votação no Plenário da Casa. Se aprovado, irá ao governador, que definirá se sanciona ou não a lei.

Segundo a proposta, a proibição visa afastar de centros populosos tentativas violentas de roubo a empresas do ramo.

Para o diretor Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro-Forte de São Paulo (Sindforte), Lúcio Cláudio de Sousa Lima, o projeto é “um atestado de incompetência” do governo, que “acaba atingindo a economia, afeta o estabelecimento que precisa dos valores”.

“Nosso posicionamento em relação a esse projeto é contrário. O poder público está se eximindo da responsabilidade, que é oferecer segurança, tentando afastar o fornecimento e abastecimento dos estabelecimentos de valores”, afirmou Lima.

De acordo com o texto, a instalação dessas empresas deve ser feita apenas “em áreas rurais e locais onde não existam colônias agrícolas, condomínios rurais ou áreas com adensamento populacional”. Além disso, o projeto quer que o recolhimento ou o recebimento de valores só aconteça entre 22h e 7h. O PL Para as empresas já instaladas em áreas urbanas haveria prazo de dois anos para mudança.

Ainda segundo o projeto, todas as operações de valores deverão ser efetuadas em área reservada, “com proteção individual do veículo e dos seus ocupantes. Quem descumprir a medida terá de pagar multa de 5 mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESPs), no valor de R$ 23,55, cada. A tarifa será dobrada em caso de reincidência.

Uma vez publicada, a proposta de lei deve ser regulamentada pelo Poder Executivo em até 90 dias. A previsão é que a medida entre em vigor dentro dos próximos 120 dias.

Como são os ataques

Armas de guerra, explosivos, caminhões em chamas e pregos retorcidos estão sendo usados por criminosos encapuzados em ataques aterrorizantes a transportadoras de valores no estado de São Paulo. Além das transportadoras, os criminosos visam também carros-fortes.

O G1 ouviu especialistas, policiais, a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o sindicato que representa os vigilantes e a associação das transportadoras para tentar explicar como ocorrem os ataques; veja abaixo.

Link para a imagem explicativa- http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/08/ataque-no-abc-e-quarta-grande-acao-contra-transportadoras-no-ano-em-sp.html

Fonte- G1- 17/8/2016-

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/08/ataque-no-abc-e-quarta-grande-acao-contra-transportadoras-no-ano-em-sp.html

You may also like
Cosit esclarece o enquadramento do serviço de processamento e custódia de valores na retenção de tributos
Comissão aprova sustação de portaria que atualiza taxas de fiscalização de empresas de segurança privada
Quem irá nos defender
Segurança privada continua de fora das Olimpíadas 2016