Queda atingiu 10 das 13 principais atividades pesquisadas e foi influenciada exclusivamente pela queda nas expectativas.
A confiança do setor de serviços teve queda em fevereiro após quatro meses de alta. O Índice de Confiança de Serviços (ICS), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cedeu 1,7 ponto no mês, para 96,5 pontos.
A queda do ICS, que atingiu 10 das 13 principais atividades pesquisadas, foi influenciada exclusivamente pelo Índice de Expectativas (IE-S), que diminuiu 4,5 pontos, para 102,6 pontos, conforme o levantamento.
Os dois quesitos que compõem o IE-S contribuíram negativamente para o resultado: o indicador da tendência dos negócios para os próximos seis meses caiu 5,2 pontos e o de demanda prevista recuou 3,8 pontos.
O componente Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 1,3 ponto em fevereiro, para 90,6 pontos, o maior nível desde agosto de 2014 (91 pontos). A alta do ISA-S foi impulsionada tanto pelo indicador volume de demanda atual como pelo indicador situação atual dos negócios, que subiram 1,5 e 1,1 ponto respectivamente.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços recuou 0,6 ponto percentual, para 81,5%.
Em fevereiro, o ISA-S manteve sua trajetória de alta pelo quarto mês consecutivo, e entrou na região em que as avaliações dos empresários do setor são de pessimismo moderado (faixa entre 90 e 100 pontos). Por outro lado, o Índice Desconforto vem recuando nos últimos meses, ficando em 53,9 pontos em fevereiro, o menor nível histórico desde dezembro de 2014 (51,2 pontos), sugerindo que, na avaliação das empresas do setor, há uma contínua redução de pressões negativas sobre o ambiente de negócios.
“A queda do índice de confiança em fevereiro parece estar associada a uma calibragem das expectativas, que desde a definição do processo eleitoral avançaram mais de 15 pontos. Apesar da queda no mês, o Índice de Expectativas ainda se mantém acima dos 100 pontos enquanto a percepção das empresas sobre a situação atual prossegue mostrando uma reação discreta, mas contínua. Nesse contexto, o cenário é de continuidade de uma recuperação ainda tímida da atividade nesse primeiro trimestre de 2019”, diz Rodolpho Tobler, economista da FGV, em comentário no relatório da sondagem.
Fonte: G1; Clipping da Febrac- 27/2/2019.