Home > Economia 2018 > Número de empréstimos consignados feitos por aposentados chega a 30 milhões

Número de empréstimos consignados feitos por aposentados chega a 30 milhões

O número de empréstimos consignados feitos por aposentados do INSS cresceu nos cinco primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC), entre janeiro e maio de 2018, 30,2 milhões de novos contratos foram feitos. Já no mesmo intervalo do ano anterior, foram 26,06 milhões de empréstimos com desconto em folha.

Contudo, de acordo com o boletim do BC, o volume de crédito tomado pelos aposentados foi menor nos primeiros cinco meses deste ano, R$ 4,3 bilhões, contra R$ 6,3 bilhões nos cinco primeiros meses do ano passado. No total, os aposentados do INSS devem R$ 122,1 bilhões aos bancos nessa modalidade de crédito.

No ano passado, o INSS, através do Conselho Nacional de Previdência (CNP), alterou a resolução que regulamenta a concessão de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. A mudança ampliou de seis para nove a quantidade máxima de contratos ativos para empréstimo pessoal com desconto em folha. O órgão não alterou, porém, a chamada margem consignável. Com isso, o aposentado continua podendo comprometer até 35% da renda com o consignado, sendo 30% com o empréstimo comum e 5% com o cartão de crédito, modalidade criada em 2015.

Mesmo com as facilidades desse tipo de crédito e taxas de juros menores – atualmente, em uma média de 2% -, em relação a outras modalidades, empréstimos devem ser feitos com cautela. Antes de fazer qualquer contrato e assumir uma dívida, o consumidor deve sempre analisar se realmente precisa do dinheiro.

“Muitos aposentados, por exemplo, além dos gastos mensais, ainda costumam ajudar a família, o que faz com que busquem o consignado para ter renda complementar. Contudo, é preciso que, antes de assumir dívidas, o consumidor faça as contas para avaliar a real necessidade do empréstimo, pois uma facilidade pode gerar dor de cabeça para quem não tem organização financeira”, destaca Reinaldo Domingos, especialista em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

As taxas de juros de crédito consignado estão em trajetória de queda, e o consignado segue como a linha mais barata do mercado no País para o crédito pessoal. Nesta modalidade, o banco irá descontar as parcelas diretamente do salário do cliente. O desconto em folha reduz o risco de calote para a instituição financeira.

De acordo com dados do BC, enquanto as linhas de empréstimo pessoal tradicional têm juros que podem chegar a 22,2% ao mês, as do consignado variam entre 1,22% e, no máximo, 6,27% ao mês.

Embora as taxas ainda sejam as mais baixas do que outras modalidades, o empréstimo consignado também requer atenção de quem está interessado. O principal cuidado é no planejamento. O banco cobrará as parcelas diretamente da folha salarial. Assim, o tomador do crédito não pode esquecer que o salário não será mais integral e deve adequar seus gastos à nova realidade.

O consumidor deve observar se há desconto na sua conta-corrente de valor correspondente ao da parcela do crédito consignado. Se o banco tiver feito o desconto do valor em conta, o cliente tem direito de pedir que o valor em dobro seja depositado, com base no Código de Defesa do Consumidor.

Fonte- Jornal do Comércio- 19/7/2018- https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2018/07/639069-numero-de-emprestimos-consignados-feitos-por-aposentados-chega-a-30-milhoes.html

You may also like
Taxa básica dos juros caminha para maior período em baixa histórica
Bancos querem reduzir limite que clientes podem sacar em dinheiro
Ministro do Planejamento afirma que redução nas desonerações é um caminho necessário
Guardia nega ter recomendado aumento da carga tributária
Iniciar WhatsApp
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?