A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) defendeu a derrubada do veto presidencial ao projeto que revisou a desoneração na folha de pagamento a 56 setores da economia. Marta explicou que a parte vetada do PLC 57/205 previa uma alíquota diferenciada, de 1,5%, para o setor têxtil. Uma sessão do Congresso Nacional para exame de vetos está prevista para 17 de novembro.
A senadora informou que a indústria têxtil já enfrenta os reflexos da crise econômica. Segundo ela, a carga tributária maior vai afetar 38 mil confecções, com a possibilidade de mais de cem mil demissões. A maioria dos trabalhadores na área, ainda como disse Marta Suplicy, é de mulheres.
– É uma indústria onde não só nós empregamos muitas mulheres, mas é uma indústria que eu acho muito interessante para a mulher no sentido de que existe também a possibilidade de trabalho sem ser numa fábrica. É algo que muitas vezes interessa à família. Fora que interessa à indústria nacional, onde já tivemos expoentes de tecidos maravilhosos – disse a senadora.
Marta Suplicy afirmou que outro reflexo da alta dos impostos no Brasil é a migração de empresas para o Paraguai. Citou dados da Confederação Nacional da Indústria, segundo os quais, 42 empresas estão montando operações no país vizinho. Essa situação é consequência da Lei Maquila, que prevê isenção de impostos para empresas estrangeiras para importar maquinários e matéria-prima, desde que o produto final seja exportado.
Fonte: Agência Senado; Clipping da Febrac- 15/10/2015.