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Lei mais flexível deve incentivar trabalho remoto

O novo cenário que se configura com a aprovação da reforma trabalhista, que entra em vigor em novembro, flexibiliza as regras para algumas modalidades e deve acelerar a adoção do trabalho remoto no Brasil. A iniciativa já era adotada por algumas companhias, mas sem muita segurança jurídica. “Estamos com muita expectativa, pois essa legislação coloca o Brasil alinhado com os países com melhores práticas do mundo nesta área”, diz o diretor-geral da Citrix Brasil, Luis Banhara. A empresa, que possui um portfólio completo de soluções de mobilidade corporativa, registrou alta de 10% de solicitações junto aos seus revendedores para discutir projetos de trabalho remoto nos últimos meses.

A tecnologia para permitir isso já está disponível, tanto para garantir que o colaborador tenha o ambiente mais confortável para trabalhar até garantir que ele, realmente, está desempenhando as suas funções. Tudo funciona como se o colaborador estivesse dentro da companhia.

A Citrix cria um ambiente de virtualização, uma espécie de janela segura onde o profissional pode executar todas as operações necessárias, independentemente do dispositivo que está usando. A empresa consegue saber se a pessoa que está se logando no ambiente corporativo é mesmo o seu colaborador, bem como se os recursos computacionais são seguros e que nenhum material sigiloso está sendo salvo em algum lugar que não seja o disco local.

Relatórios indicam, por exemplo, o momento que o funcionário que está trabalhando remotamente entrou no ambiente. É possível gravar os movimentos realizados no teclado e mouse, bem como usar tecnologia de reconhecimento da íris do olho para que, de tempos em tempos, o gestor cheque a sua presença em frente ao computador. A plataforma Citrix permite que o colaborador só entre no ambiente em determinadas horas, como no horário comercial, por exemplo. “São funcionalidades que garantem à Tecnologia da Informação ter a segurança de que está no controle”, relata Banhara.

Os benefícios já são sentidas pelas empresas. Estudo global conduzido pela Citrix e Oxford Economics, mostra que 75% das organizações que estão adiantadas no processo de trabalho remoto avaliam uma melhora na eficiência de seus processos e 74% perceberam uma maior satisfação dos funcionários. Dessas mesmas corporações, um percentual de 83% já percebem os benefícios dessa mudança e reportam maior crescimento na receita e nos lucros.

No Brasil, as questões relacionadas à tecnologia ainda são as maiores barreiras para a adoção desse tipo de trabalho. O custo da tecnologia aparece como primeiro indicador na avaliação dos pesquisados, com 53%. Mas, Banhara alerta para a mudança que está em curso. “Com o aumento da adesão, estes sistemas vão ganhar escala e o custo cairá. Agora é a hora”, sugere. Além disso, foram citados pelos entrevistados preocupações com segurança da informação (43%) e, em terceiro lugar, a falta de conhecimento de informática e treinamento por parte da equipe de colaboradores, com 37%.

Das organizações brasileiras que adotaram o trabalho remoto e participaram do estudo, 70% vê uma melhora na segurança da informação, 67% na lucratividade e o mesmo percentual para o aperfeiçoamento da experiência do cliente. O trabalho digital também está mostrando um melhor desempenho em outras áreas, tais como criatividade para solução de problemas e atendimento ao cliente. Foram ouvidos 600 executivos, entre C-levels e gestores com report direto para C-level.

Fonte- Jornal do Comércio- 22/8/2017- http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/08/economia/580836-lei-mais-flexivel-deve-incentivar-trabalho-remoto.html

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