Para realizar esse levantamento, o birô de crédito analisou 3.522 empresas que tiveram pedidos de recuperação judicial aprovados entre junho de 2005 e dezembro de 2014.
Desse grupo, 946 tiveram o processo encerrado dentro deste período. Entre essas companhias, 218 (23,04%) retomaram as atividades. Por outro lado, 728 empresas (76,95%) decretaram falência.
Considerando ainda a crise financeira, é possível que o número de empresas que se recuperam fique ainda menor.
Para Luiz Rabi, economista da Serasa, esse resultado pode colocar a eficiência da lei de recuperação judicial em xeque. “Fica o questionamento: se eu não estou conseguindo recuperar nem metade das empresas, o instrumento talvez não esteja cumprindo de forma eficiente o objetivo para o qual foi gerado“.
O ano escolhido como inicial para a pesquisa não foi aleatória, já que foi em 2005 que a lei de recuperação foi criada.
Pedidos em alta
Em 2016, o número de pedidos de recuperação judicial segue crescendo. Novamente de acordo com indicadores da Serasa, 1.479 empresas fizeram esse tipo de pedido entre janeiro e setembro deste ano. Esse número é 62% maior do que o registrado no mesmo período de 2015.
Fonte: Folha de S. Paulo- 10/11/2016-
http://www.contabeis.com.br/noticias/30368/apenas-23-das-empresas-sobrevivem-apos-pedir-recuperacao-judicial/