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O custo da rotatividade para os negócios

Na segunda palestra do Congresso Nacional do Sicomércio 2015, realizada na manhã de 29 de outubro, o mestre em Finanças e Controle Geral pelo Coppead da UFRJ e membro do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fernando Teixeira, falou sobre a rotatividade de colaboradores e o impacto que esta gera na produtividade, além dos custos para as empresas.

A rotatividade de pessoal, ou turn over, é a forma pela qual as empresas aferem as entradas e saídas de funcionários em um determinado período de tempo. “O maior desperdício do mundo corporativo refere-se à rotatividade. Apesar de ser pouco medido e pouco acompanhado, impacta fortemente nos negócios”, afirmou Fernando.

Ele destacou que entender o modelo do negócio é importante para ser assertivo ao tentar alterar a rotatividade, que tem diferentes causas. Em empresas de varejo de massa, por exemplo, a rotatividade (por de ser maior que 70%) que se dá em razão da alta taxa de contratação de funcionários no primeiro emprego (situação de transição). Em ramos como a hotelaria e os supermercados, que enfrentam os maiores índices de rotatividade, a baixa remuneração e a rotina de trabalho são as principais causas. Segundo Fernando, nas empresas indicadas como as melhores para se trabalhar os índices de rotatividade estão em torno de 20%.

O custo

O passivo que a rotatividade gera na gestão das empresas independe do porte – pequeno, médio ou grande – e envolve o processo de contratação, os custos com treinamento e desenvolvimento dos funcionários e com as demissões voluntárias ou involuntárias (rescisão), a gestão de passivos trabalhistas, além de impactos intangíveis, como a retenção do conhecimento sobre os negócios e o impacto no relacionamento com clientes ou consumidores.

Cultura de alta performance

“O que é possível ver nas pesquisas Rotatividade é que o numero um nas causas não é a remuneração, mas outros motivos, como o ambiente de trabalho”, disse Fernando. O combate a esse impeditivo para a competitividade no mundo dos negócios passa por uma cultura empresarial que valorize a alta performance, e, para isso acontecer, é preciso desenvolver a meritocracia.

Fernando Teixeira afirmou que a gestão da rotatividade passa por uma agenda de recursos humanos que busque investimentos em quatro pilares básicos: treinamento e desenvolvimento, ambiente de trabalho (liderança), carreira (oportunidade e crescimento profissional) e remuneração variável conforme o desempenho. “As empresas de alto desempenho tentam fazer com que o individuo pense primeiro na empresa, depois na equipe e por último nele. É simples falar e difícil de alcançar”, destacou o especialista.

Fonte: CNC- 29/10/2015-
http://www.cnc.org.br/noticias/sindicalismo/o-custo-da-rotatividade-para-os-negocios

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