Presidentes das Confederações (CNTI, CSPB, CNTEEC, CNTS, CONTRATHU, CNTC, CNTV e CNTTT), se reuniram quarta-feira (16/9), em Brasília, com o procurador e coordenador do CONALIS, Francisco Gerson Marques de Lima para discutir a proposta de reformulação da estrutura sindical brasileira. Que no momento, sofre pesados ataques do capital e da mídia, com a finalidade de desqualificar sua importância.
Em sua exposição o procurador afirmou que as Confederações têm legitimidade para enfrentar esta questão, devido suas histórias e contribuições para o avanço da democracia no Brasil. Defendeu às ações do Ministério Público do Trabalho (MPT), que ao ser procurado, não pode simplesmente arquivar eventuais denúncias sobre desvios de condutas de sindicalistas.
“A onde de denuncismo, feita muitas das vezes pelos próprios dirigentes sindicais, possibilita ao Poder Público ingressar na instituição para apurar um fato e, no decorrer da apuração, aparece novas situações comprometedoras que expõem a fragilidade e as práticas inadequadas que são tratadas como ilegais perante a legislação”, alertou Gerson.
Que insistiu em dizer que hoje os “procuradores de base”, têm total autonomia para apurar e investigar. Enfatizou que existe por parte da imprensa uma investigação em curso sobre mazelas, praticadas por pessoas que se infiltram em sindicatos para tirar proveito próprio. “Penso que é hora de vocês assumirem a posição de protagonista e não abrir mão de suas funções” recomendou.
José Calixto Ramos (Sr. Calixto), presidente Nacional da Nova Central e da CNTI, depois de ser elogiado pelos anos de contribuição e defesa da estrutura sindical vigente, afirmou que é um dirigente “igual” a qualquer um. Lembrou que ingressou na luta sindical logo que saiu do exército entre os anos 1948 a 1950 e foi trabalhar em uma metalúrgica no Estado de Pernambuco.
“Antigamente havia mais ideal, respeito e participação. Atualmente vejo muita disputa meramente pelo poder. Uma verdadeira briga de foice. Eleição sindical virou guerra sindical pela disputa e busca do voto do trabalhador… Não existe mais respeito pelos parlamentares e nem pelos governos. É preciso valorizar a estrutura sindical que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), neste momento, investe para esfacelar”, desabafou.
Para o Sr. Calixto, o MTE legisla através de Portarias e Normas Técnicas e, enquanto o Tribunal Superior do Trabalho (TST), não vota a Portaria 186, o secretário da Secretaria do Trabalho, Manoel Messias se utiliza desta pendência para deferir os pedido que institua organizações paralelas às já existente.
Fonte: NCST- 18/9/2015-
http://www.cnti.org.br/noticias.htm#Confederações_são_legítimas_para_discutir_mudanças_na_estrutura_sindical