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Prazo de validade da sucessão empresarial

Debater a sucessão na gestão principal e seus reflexos na perenidade das companhias familiares é atualmente uma pauta comum nos ambientes empresariais, ao contrário do que se constatava em passado recente. Sabe-se e é aceito que, com maior ou menor brevidade, esse tema precisará ser priorizado e enfrentado por todos os integrantes de um negócio. Como acontece em todos os sistemas vivos, também nas sociedades empresariais incidirá os efeitos da lei universal da entropia, que impõe um prazo de validade para tudo o que existe, enquadrando-se nessa hipótese também o tempo de um gestor.

Identificar o momento adequado para iniciar o processo de discussão e construção do modelo a ser implantado para garantir a eficácia do procedimento, constitui-se um ponto de extrema importância para o sucesso da empreitada, e, ao mesmo tempo, uma das circunstâncias que mais afligem o seio familiar. Errar na interpretação dos sinais exteriorizados pelo gestor e os reflexos que os mesmos estão gerando na solidez empresarial, é um fato que pode gerar um custo muito grande a toda organização e ao núcleo familiar.

A tarefa exige uma sensibilidade aguçada tanto por parte do gestor da empresa como dos demais membros familiares. Age a favor dessa missão, o fato de que o gestor a ser sucedido, fornece vários sinais que podem ser interpretados para confirmar o momento ideal para a troca do comando.

Na maioria das situações, esse líder mostra sinais – que se exteriorizam e ou se materializam – como a diminuição da energia física e mental alocada no dia-dia operacional da empresa, priorizando as agendas de gestão com viés de manutenção e não de crescimento da companhia. Em geral, esse membro pensa pouco sobre o futuro organizacional, sua participação em reuniões diminui significativamente, já não discute mais estratégia e começa incrementar o interesse por atividades paralelas: recupera antigos hobbies e antigas amizades.

Outra indicação de esgotamento do prazo de validade do período do gestor a frente da organização é o fato de que esse líder passar a adquirir bens que não tinha como: moto, barco, casa de praia ou de campo, viaja em férias com maior frequência, prioriza passeio com os netos e esposa, enfim, vários sinais que confirmam o fim da gestão.

Luciano Costa , especialista do Piazzeta e Boeira Advocacia

Fonte: DCI – SP- 26/01/2017- http://fenacon.org.br/noticias/prazo-de-validade-da-sucessao-empresarial-1441/?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Press+Clipping+Fenacon+-+26+de+janeiro+de+2017

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