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Perda de benefício do INSS liberado na Justiça pode demorar mais

O INSS não vai cortar imediatamente os benefícios por incapacidade de segurados que têm uma ação que ainda não foi finalizada na Justiça. Segundo o órgão informou, para benefícios concedidos judicialmente, com ações não finalizadas, a revisão será feita e o resultado da perícia será anexado ao processo para o juiz avaliar.

É o caso, por exemplo, do trabalhador que já recebe o auxílio após ter uma tutela antecipada na Justiça —recurso em que o pagamento do benefício sai antes de a ação terminar. Mas caberá ao segurado garantir que o benefício não seja cancelado. Se não questionar o resultado da perícia revisional, a tendência é de que o juiz acate a nova decisão do INSS e aceite o cancelamento, explica o advogado Roberto de Carvalho Santos.

Se a ação ainda está na primeira instância, a contestação pode ser feita no mesmo processo. Mas se já estiver na segunda ou terceira instância, o mais apropriado é abrir uma nova ação com base na anterior, questionando a decisão mais recente do INSS, diz o especialista.

Nos casos de auxílios ou aposentadorias conquistados na Justiça, mas que a ação já foi encerrada, ou seja, já transitou em julgado, o órgão poderá cortar o pagamento administrativamente, sem informar o juiz do caso.

No pente-fino, o INSS vai convocar segurados que recebem auxílio-doença e aposentadoria por invalidez há mais de dois anos. O próprio órgão vai procurar quem precisa passar pela revisão. Os segurados poderão ser chamados por telefone e por carta. O pente-fino deve começar na segunda metade de setembro.

No Estado de São Paulo serão revisados 99.523 auxílios-doença e 379.174 aposentadorias por invalidez.

Na mira do governo

>> Pente-fino deve começar em setembro

Há duas situações:

1- Se a ação judicial que garantiu a aposentadoria por invalidez ou o auxílio-doença já terminou – essa etapa é chamada de trânsito em julgado

Como será o corte! Os benefícios poderão ser cancelados administrativamente

2- Se o processo ainda não acabou – a ação judicial ainda está em andamento e ainda não ocorreu o trânsito em julgado

Como será o corte! a revisão será feita pelo perito do INSS e o resultado será anexado ao processo para a avaliação do juiz

>> O Estado de São Paulo tem a maioria dos benefícios que passarão pelo pente-fino do INSS

22,2% dos benefícios que serão revisados estão em São Paulo

379,1 mil benefícios por invalidez são pagos há mais de dois anos em São Paulo. Esses auxílios e aposentadorias entrarão no pente-fino do INSS

>> Quantos benefícios por invalidez o governo vai revisar no país

530.157 auxílios-doença que são pagos há mais de dois anos

1.181.442 aposentadorias por invalidez de segurados que têm menos de 60 anos

No total, o INSS vai convocar 1.711.599 benefícios por incapacidade pagos há mais de dois anos

>> Quem será chamado primeiro?

Auxílio-doença

1- Os beneficiários que recebem auxílios concedidos judicialmente e sem data para acabar

2- Quem recebe benefícios mais antigos

3- Depois, os segurados mais jovens, que recebem auxílio-doença

Aposentadoria por invalidez

1- Aposentados por invalidez mais jovens

2- Depois, os que recebem o benefício há mais tempo

Maiores de 60 anos

1,938 milhão de aposentados por invalidez com mais de 60 anos não serão convocados

Eles não precisam fazer a perícia, conforme mandaalei 13.063, de 2014

A lei não se aplica aos idosos que recebem auxílio-doença, que serão chamados

>> Veja o que fazer

1- Vá à perícia

O comparecimento pode evitar a suspensão do benefício

2- Prepare os exames

É importante ter exames e laudos recentes que comprovam a incapacidade (leia mais abaixo)

3- Benefício suspenso

Se o benefício for suspenso por falta de perícia, apresente um recurso no posto do INSS

4- Atrasados

Se for provado que a suspensão da renda foi um erro, o segurado voltará a receber o benefício e terá os atrasados corrigidos

5- Justiça

Se a tentativa de restabelecer o benefício no posto não deu certo, é hora de consultar um advogado e procurar a Justiça

>> Documentos importantes para levar ao INSS

Receitas de medicamentos

Não são obrigatórias, mas reforçam que o paciente está em tratamento

Exames

Devem ser levados todos os exames que foram solicitados pelo médico do paciente para fazer o diagnóstico da doença

O ideal é apresentar também o laudo do técnico; esse documento acompanha o exame

O laudo facilita a compreensão das imagens e dos gráficos

Relatório do médico

No relatório em que descreve a doença, o médico deve ser o mais claro e específico possível

Segundo especialistas, o relatório deve conter o número da CID (Classificação Internacional de Doença)

Além disso, é preciso informar se a incapacidade é temporária ou definitiva

Outra dica é que o profissional descreva a medicação utilizada e os efeitos colaterais

Fonte- http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/08/1804027-corte-de-beneficio-por-incapacidade-liberado-na-justica-pode-demorar-mais.shtml

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