Segundo presidente da Febrac, não há informação sobre o número de candidatos disponíveis no mercado de trabalho. Ouça no Em Conta
De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, a empresa que tiver mais de cem empregados precisa cumprir a cota de porcentagem mínima de vagas de trabalho. A capacitação para o trabalho de pessoa com deficiência fica a cargo da Previdência Social, que fornece auxílio mensal para quem não conseguir emprego, por qualquer motivo.
O convidado da Entrevista de Valor do Em Conta desta quinta-feira (21) é o presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), federação que reúne empresas de limpeza e conservação de todo o país. Devido à caraterística dos serviços prestados, Edgard Segato Neto aponta uma série de dificuldades para o cumprimento da cota, o que leva as empresas a sofrerem pesadas multas. Entre outras dificuldades, ele destaca a dificuldade em encontrar candidatos a emprego, entre as pessoas com deficiência, para preencher a cota.
“Qual é a disponibilidade de pessoas com deficiência na procura de emprego no Brasil? Ninguém tem esta informação. Fizemos recentemente uma campanha nacional de ofertas de empregos. Em Goiás, por exemplo, foram oferecidas 1.500 vagas para pessoas com deficiência. Apenas 21 candidatos se apresentaram. Desses, 19 estavam aptos para usar a cota. Mesmo assim, apenas seis aceitaram o emprego. Um mês depois, todos eles pediram demissão, dizendo que não era aquilo que eles queriam”.
Para conhecer todo o problema existente no preenchimento das cotas obrigatórias de pessoas com deficiência no setor de serviços de higiene e limpeza, clique no player acima.
Atenção!
Para não haver dúvida quanto à seriedade da discussão deste assunto, aqui no Em Conta, o entrevistado em questão lembra que tem um filho, de 17 anos, com deficiência, que começa a se preparar para a inclusão no trabalho. Tem uma empregada doméstica com deficiência e o mesmo acontece com um diretor do sindicato onde ele é presidente, em Goiás, onde, por sinal, preside a Apae do município de Aparecida. Por isso, ele garante:
“Eu percebo a dificuldade que é fazer a inclusão de uma pessoa com deficiência no mercado. Eu sei disso, vivo na pele, no dia a dia. Eu sei que tem rejeição dos colegas no trabalho, eu sei que tem rejeição da clientela, eu sei que tem muitas dificuldades”.
Clique no link abaixo e ouça a entrevista-
Fonte: EBC; Febrac- 25/1/2016.