Home > STF > Decisão da Justiça abre espaço para STF julgar planos econômicos

Decisão da Justiça abre espaço para STF julgar planos econômicos

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª região abre espaço para que o STF (Supremo Tribunal Federal) destrave o julgamento dos planos econômicos, um dos principais casos em discussão no tribunal, com impacto potencial bilionário para os bancos brasileiros e indiretamente ao governo.

No dia 10 de fevereiro, o desembargador Néviton Guedes homologou pedido de Florival Rocha para desistir de uma ação que movia contra a Caixa Econômica Federal por conta de correções decorrentes de mudanças nos planos.

Florival é pai da ministra Carmén Lúcia, vice-presidente do STF, que tinha se declarado impedida de analisar o caso. Com a retirada da ação, a ministra poderia participar do julgamento, completando o quórum necessário. A assessoria da ministra não confirmou se há disposição dela em participar do julgamento com a desistência da ação de seu pai.

O impasse sobre o processo ocorre porque os ministros Luiz Edson Fachin, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux, também se declararam impedidos- condição em que se pode duvidar da imparcialidade do juiz para analisar um caso.

Esse tipo de ação exige a participação de no mínimo 8 dos 11 ministros para ser apreciada porque trata de questão constitucional.

Sem uma reviravolta no quorum, a previsão era de que apenas daqui a 13 anos um dos quatro ministros impedidos de participar do julgamento deixará a corte pelo critério de idade, pois a aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos.

Segundo dados do STF, cerca de 973 mil processos em todo o país aguardam uma definição do tribunal sobre o tema.

O julgamento do processo no Supremo foi suspenso em 2014 e põe em questão eventuais perdas de poupadores com a edição de planos econômicos editados no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 para debelar a inflação.

O STF vai definir se investidores com recursos na caderneta de poupança na implantação dos planos econômicos dos anos 1980 e 1990 têm direito a ressarcimento dos bancos por eventuais perdas.

O Supremo atendeu a pedido do Ministério Público Federal para revisar os ganhos que os bancos tiveram com os planos.

A Procuradoria estimou esse número em R$ 441 bilhões, dado contestado pelo Banco Central e pela União. Para o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, os ganhos dos bancos com a execução dos planos não passaram de R$ 26 bilhões.

Fonte- Folha de São Paulo- 24/2/2016- http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/02/1743006-decisao-da-justica-abre-espaco-para-stf-julgar-planos-economicos.shtml

You may also like
STF: É inconstitucional lei que reorganizou presidência da República e ministérios
Não cabimento da ação rescisória em modulação
STF vai definir se incide juros de mora entre expedir e pagar precatório
STF adia julgamento sobre compartilhamento de dados da Receita com MP
Iniciar WhatsApp
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?