Em uma postura que mescla apoio com vigilância, entidades que representam o empresariado goiano preparam atividades com o objetivo de barrar no Congresso Nacional qualquer possibilidade de aumento de impostos por parte do governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Fiadores do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, os líderes do Fórum Empresarial se dizem contra a volta da CPMF e preparam nova rodada de conversas para garantir apoio dos parlamentares.
O primeiro passo desta investida deve ser dado ainda nesta semana com a publicação de uma nota em grandes jornais. O texto, a ser assinado pelos sete representantes do fórum, trará mensagem de apoio ao governo interino de Temer, mas ao mesmo tempo terá posição clara em relação a qualquer tipo de aumento ou criação de novos tributos.
Um texto preliminar ao qual o POPULAR teve acesso é encerrado com os nomes dos 16 deputados federais e três senadores que votaram pelo impeachment, em um tom de agradecimento, mas também aponta que “elevar a carga tributária é ampliar a insatisfação social (…) e caminhar rumo a um novo rompimento do poder que se estabelece com as classes produtivas brasileiras”.
Algumas entidades também preparam, de forma independente, ações baseadas no corpo a corpo. O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acieg), Euclides Barbo Siqueira, tem viagem para Brasília programada para semana que vem. Ele quer tentar, de forma antecipada, garantir que os deputados goianos votem contra qualquer tipo de aumento de impostos no Congresso.
O trabalho contará com o apoio de uma Câmara de Assuntos Legislativos (CAL) que a Acieg criou recentemente para acompanhar de perto o trabalho do Congresso Nacional. A estrutura, que é enxuta, começou a funcionar justamente durante a discussão do impeachment.
20/05 – O Popular / Rádio Verde Vale